DIÁRIO DE ISRAEL-O Céu desba sobre o Inferno (2008)

DIÁRIO DE ISRAEL

(O céu desaba sobre o inferno)
2008


1ºde janeiro

Depois de passar o revellow na praia de Icaraí com
uma amigo e uma turma,fumar muita maconha e
tentar caçar umas minas,partimos a caminho do
terminal do centro de Niterói. A alvorada já havia
trazido o sol e ele já se fazia presente banhando
nossos corpos e compensando o esgotamento de
quem virou a noite,me tirando o frio e me
alimentando através da síntese da vitamina D. Eu
estava usando filtro solar de albinos no mais alto
grau,os poucos raios que ultrapassavam-no eram
bons e não prejudiciais. Eu posso transitar sem
problema durante um tempo,pôs sou mestiço(não falo
de mestiço da mistura entre pessoas,até porque é
obvio que minha cor e traços são 100% de um homem
branco,sendo parte europeu e parte latinoamericano).
Ninguém sabe quem são os mestiços ao
qual me refiro mesmo. Ninguém que lê esse diário é
muito brilhante.
Paramos antes na praça de Niterói onde tem uma
estátua de Lúcio Costa conversando com um outro
homem,acho que é o arquiteto Oscar Niemeyer,a final
foi ele quem desenhou aquela praça e o museu de
Icaraí,é um estilo inconfundível a arquitetura
moderna de concreto armado dele,embora eu não
gostaria dele para desenhar a minha casa,pôs o
estilo que eu mais gosto é o neo-clássico com
disfarçados elementos da arquitetura gótica.
Paramos nessa praça para fumar um baseado e
conversar,aproveitando para fazer um exercício(o
1ºdo ano)fiz barra segurando no teto e por incrível
que pareça não me cansei. Em seguida,logo ao lado do
terminal reconheci Carol,sua irmã Bia e seu amigo
gay Renan. A Carol é uma baixinha que eu fiquei em
2005,quando ela tinha 14 anos,2005 havia sido o ano
mais atípico que eu já tive. Em meio uma grande
depressão já estendida desde o carnaval do mesmo
ano,onde fui infectado pelas balas do revólver que se
chama MARINA,e seus fragmentos envenenaram o
meu corpo.

Voltando a 2008,parei para falar com eles. Eu
cheguei e perguntei a Carol se ela lembrava de mim
e ela respondeu:''Israel!''então expliquei a Carol
sobre o problema ocorrido em 2005 em novembro
sobre a festinha. Então ela disse em tom de
pergunta retórica que o culpado de tudo foi miniKurt.
Apertei a mão deles(A Bia se atrapalhou na
ordem e estendeu a mão antes).Depois eu e o meu
amigo fomos para casa.
Horas depois,por volta das 20:00hs estava eu dando
uma volta para aproveitar o 1ºdia do ano e por os
pensamentos em dia meditando e tentando canalizar
as diversas linhas do destino que convergiam para
todos os lados quando escuto alguém me chamar do
outro lado da rua. Era um amigo de um amigo meu
que veio me contar que um tal de Marcelo,vulgo
Slash estava alegando por aí que eu estava querendo
matar a amiga dele. Esse amigo é um tal de
''Tigre''.Logo cheguei a conclusão que se tratava de
MARINA. Como alguém pode ser tão falso e
dissimulado?!No dia anterior ele me cumprimentou e
me ofereceu um vinho caro e no romper do ano me
desejou feliz ano novo,tudo isso lá em Icaraí. Slash é
um Tremere que se mistura com alguns Sabá. Não
vale nada. Acho que ele devia tomar cuidado com o
que diz,pôs a qualquer hora dessas pode acabar
perdendo um dos dedos e não vai poder contar até
10.Sobre esse ''cara'',ele é realmente regido por
alguma entidade Tremere,ou seja,um Tremere
desencarnado. Ele é um roqueiro muito feio,parece
mesmo um abutre como já disse o meu amigo
Alessandro e mesmo assim está sempre com uma
menina bonitinha,jovem e branca. Detalhe:Ele nunca
fica com uma menina com mais de 20 anos,como me
alertou o tal amigo de de um amigo meu,o que
reforça ainda mais a tese de ocultismo por detrás
disso.